CASSI – entidades apresentam propostas ao BB

Em reunião realizada nesta quinta-feira, dia 3 de dezembro, as entidades representativas dos funcionários e aposentados apresentaram ao Banco do Brasil propostas e premissas para continuidade das negociações sobre a sustentabilidade da Cassi.

Os funcionários cobraram a resposta sobre a possibilidade de o Banco fazer investimentos nos projetos em desenvolvimento na Cassi, que contemplam as propostas já apresentadas na mesa sobre ampliação do modelo de atenção integral à saúde. Também foi cobrada do BB a validação e conclusão da parte do projeto feito na Cassi que dependia das áreas de indicados do Banco.

O Banco informou que estudou os investimentos e os projetos, que também demandam investimentos, e afirmou que é possível dar respostas na próxima reunião.

APRESENTAÇÃO DE PROPOSTAS

Com intuito de garantir o bom funcionamento da Cassi, sem corte de programas ou de atendimento, os representantes dos associados defenderam junto ao Banco as seguintes propostas:

 

  • A antecipação de contribuições patronais futuras de 06 (seis) meses, conforme Art. 25 do Estatuto da Cassi, que diz que eventuais insuficiências financeiras do Plano de Associados da Cassi poderão ser cobertas pelo Banco do Brasil S.A. exclusivamente sob a forma de adiantamento de contribuições;
  • Manutenção das atuais coberturas do Plano de Associados para todos os participantes (ativos, aposentados, pensionistas e dependentes);
  • Aperfeiçoamento e integração dos modelos e processos de negociação e regulação;
  • Garantia de acesso ao Modelo de Atenção Integral à Saúde com a Estratégia Saúde da Família para todos os participantes do Plano de Associados;
  • Investimento de R$ 150 milhões, exclusivamente pelo BB, para viabilizar os projetos-piloto de expansão do Programa de Estratégia Saúde da Família;
  • Garantia estatutária da proporcionalidade contributiva de 1 (participante)  x  1,5 (BB);
  • Debate sobre o custeio da Cassi que contemple a capacidade de pagamento de despesas e a recomposição de reservas;
  • Manutenção da solidariedade como regime de custeio;
  • Garantia estatutária de reavaliação periódica do custeio;
  • Manutenção do compartilhamento da gestão;
  • Compartilhamento da responsabilidade pelos eventuais déficits, na proporção das contribuições de participantes e BB.

A entidades informaram ao Banco que continuam debatendo propostas adicionais que serão apresentadas nas próximas reuniões.

O Banco do Brasil informou que a antecipação de contribuições, embora estatutária, é cercada de vários fatores, incluindo os contábeis, que apresentam questões delicadas. Mas, ainda assim, fará os estudos necessários para dar uma resposta às propostas apresentadas.

A próxima reunião acontecerá no dia 21 de dezembro, na sede do Banco em Brasília.”

(Fonte: CONTRAF CUT)

AVALIAÇÃO DA FAABB

O que se pode depreender da postura do Banco é maior flexibilidade na negociação. Em contraponto à postura rígida do antigo Diretor Neri, o atual dirigente não descarta de pronto as propostas que levamos. Não nos assegura aceitação de todas, mas assegura que o Banco se debruçará sobre todas elas sob o ponto de vista de legalidade, cálculos, etc.

       Duas propostas que levamos são bastante claras e tentam reestabelecer o que havíamos perdido na Reforma do Estatuto de 2007:

  1. a)      Garantia estatutária da proporcionalidade contributiva de 1 (participante)  x  1,5 (BB);
  2. b)      Debate sobre o custeio da Cassi que contemple a capacidade de pagamento de despesas e a recomposição de reservas;
  3. c) Garantia estatutária de reavaliação periódica do custeio;

PROPORCIONALIDADE: Observem que propomos a proporcionalidade das contribuições e insistimos que a questão de  CUSTEIO  tenha solução que assegure, não só agora, mas projetando para o futuro, a sustentabilidade.

CUSTEIO: Há 20 anos nossa contribuição à Cassi é de 3% e a do BB 4,5% (somando 7,5%). Não podemos nos esquivar de ponderar que tal percentual não cobre nem de longe as necessidades de custeio da CASSI.

Se pensarmos em um salário de ativo no BB, em início de carreira, no valor de R$ 3.000,00, 3% do colega = R$ 90,00 e 4,5% do BB = R$ 135,00, ou seja, R$ 225,00 de contribuição global para um colega e todos os seus dependentes usufruírem de toda a sorte de cobertura. Quando pensamos naquele colega antigo, aposentado há anos e com um benefício de 10.000,00, sua contribuição à  CASSI  é: 3% de 10.000,00 = R$ 300,00 e a parte do Banco R$ 450,00, somando uma contribuição global, mensal de R$ 750,00. Se buscarmos qualquer plano de saúde de mercado, veremos que as mensalidades são muito maiores.

 

Simulei, em uma UNIMED, utilizando como parâmetro a faixa etária de “acima de 59 anos” e obtive esses valores:

UNIPART FLEX      APARTAMENTO        R$ 1.379.90

Titular – (acima de 59)

Taxa de implantação              R$ 10.00

Total da primeira parcela + tx de impl         R$ 1.389.90

Total das parcelas subsequentes         R$ 1.379.90

CONHEÇA OS VALORES COPARTICIPAÇÃO

CONSULTAS E ESPECIALISTAS          R$ 14,95

CONSULTAS EM PRONTO-ATENDIMENTO  R$ 21,52

EXAMES  DE COPARTICIPAÇÃO REDUZIDA      R$ 8.97

EXAMES/PROCEDIMENTOS/TERAPIAS DE COPARTICIPAÇÃO DIFERENCIADA               R$ 14.95

INTERNAÇÃO APARTAMENTO           R$ 137.50

INTERNAÇÃO EM HOSPITAL-DIA     R$ 45.43

A despeito de UNIMED ser de mercado, a comparação  é apenas para mostrar o quanto o nosso Plano CASSI Associados com toda ampla cobertura que tem é vantajoso. A comparação serve, também, para provocar nossa reflexão sobre a eventualidade de precisarmos aumentar o nosso percentual de contribuição, lembrando que, havendo a proporcionalidade, o percentual de contribuição do BB também será aumentado.

O fundamental neste momento será o BB ser convencido da importância de antecipação de contribuições patronais futuras de 06 (seis) meses, conforme Art. 25 do Estatuto da Cassi. A sinalização de que isso é possível é o  BB sinalizar que pode entender tal tema como investimento.

Atenciosamente,

Isa Musa de Noronha

 

 

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